Nesta quarta-feira (18) os pais de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina morto pela PM de São Paulo em novembro de 2024, farão um apelo urgente à Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo a responsabilização do governo estadual pela morte de seu filho e do Estado brasileiro pelas violações de direitos humanos decorrentes da violência policial que ocorre em todo o país. A denúncia será feita juntamente com a Conectas Direitos Humanos.
Julio Cesar Acosta Navarro e Silvia Mônica Cardenas Prado apresentarão o apelo durante a 59ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, realizada entre os dias 16 de junho e 9 de julho, em Genebra. Na denúncia, além da responsabilização dos policiais envolvidos no caso de Marco Aurélio, os familiares e a Conectas pedem que a ONU recomende que o Estado brasileiro tome uma série de medidas para diminuir a letalidade policial e dar a devida assistência às vítimas e seus familiares.
O apelo acontece como parte de atividades que serão promovidas pela Conectas para expor o agravamento da violência policial no estado de São Paulo e em todo o Brasil. Na quinta (19) a organização promoverá um evento paralelo, dentro da programação do Conselho, sobre o tema. O painel será realizado às 10h no horário de Brasília (15h em Genebra) e contará com transmissão ao vivo no perfil do Instagram da Conectas.
Falarão ao longo do evento os pais de Marco Aurélio; a Relatora Especial da ONU sobre os Direitos à Liberdade de Associação, Gina Romero; o Relator Especial da ONU para execuções arbitrárias, Morris Tidball-Binz; o advogado e professor de direito internacional e direitos humanos da FGV, Thiago Amparo e a diretora executiva da Conectas, Camila Asano. Amparo apresentará os resultados da pesquisa Mapas da Injustiça, realizada sob sua coordenação e que disponibiliza dados sobre a letalidade policial praticada contra a população negra em São Paulo.