Organizações que atuam na defesa dos direitos de migrantes, entre elas a Cáritas Brasileira, enviaram, nesta quinta (03/09), carta ao Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão ligado ao MEC (Ministério da Educação), cobrando a antecipação da publicação do edital do Revalida para setembro.
A realização do exame nacional, que trata de revalidar diplomas de médicos expedidos por instituições de ensino estrangeiras, havia sido anunciada pelo ministério para outubro e, posteriormente, foi adiada para seis de dezembro.
Para as entidades da sociedade civil, a prova deve ser aplicada o mais rápido possível levando em consideração a falta de médicos em diversas regiões do país em meio a crise sanitária que o país atravessa. O último Revalida, que deveria ser anual, foi realizado em 2017.
Mais Revalida
Por conta da morosidade para realizar o processo, uma entidade privada, chamada “Instituto Nacional de Convalidação do Ensino Estrangeiro”, anunciou a aplicação de um exame chamado “Mais Revalida”, com o intuito de revalidar diplomas médicos.
A publicação do edital gerou confusão entre os candidatos que pensaram se tratar da prova oficial do Inep.
O Mais Revalida não tem ligação com o exame Revalida – apesar de nomes idênticos – e a sua aplicação tem um valor 167% maior do que a taxa cobrada em 2017 pelo instituto público para a aplicação do exame.
Diante do silêncio do governo, as entidades também pedem que o MEC esclareça oficialmente que se trata de avaliações distintas.