Nos próximos dias 14 e 15, Bogotá será palco de mais um encontro do Grupo de Lima, fórum de articulação política composto por 14 países latino-americanos para discutir a crise migratória na Venezuela. Essa será a quinta edição da Reunião Técnica Internacional, que pretende debater a acolhida de migrantes e refugiados venezuelanos na região.
O encontro tem como objetivo fornecer uma perspectiva técnica e compartilhar a experiência daqueles que estão acompanhando a situação da população venezuelana no contexto da mobilidade. O evento conta com a participação de agências da ONU, membros da sociedade civil, bancos de desenvolvimento e representantes governamentais de 12 países da região, entre eles, o Brasil.
Em documento, participantes do GTVMH (Grupo de Trabalho Venezuelano de Mobilidade Humana) – que agrupa mais de 40 organizações de países da região – reforçam a importância do papel da sociedade civil na defesa e promoção dos direitos humanos de pessoas no contexto da mobilidade humana e destacam a importância de sua participação no encontro, no que diz respeito à criação de propostas ao plano de trabalho.
Segundo elas, a combinação entre caráter “independente, inclusivo e proposital” apresentada por essas instituições “as tornam não apenas relevantes, mas necessárias para a construção de respostas e de pesquisas ao contexto desafiador que a região experimenta em questões de mobilidade humana.”
A reunião faz parte de um processo iniciado em setembro de 2018. Na ocasião, houve o primeiro encontro na cidade de Quito, no Equador, no qual foi analisada a situação humanitária dos migrante venezuelanos na região. A segunda reunião ocorreu em novembro do mesmo ano. Nela, foi aprovado um plano de ação com apoio de agências da ONU.
A quarta edição aconteceu em julho deste ano, em Buenos Aires, na Argentina. Em uma declaração conjunta, os governos concordaram em reforçar a cooperação e a comunicação entre os países de destino de venezuelanos e se comprometeram em concentrar esforços não apenas na recepção, mas na documentação e na assistência humanitária de refugiados e migrantes venezuelanos, incluindo o acesso à saúde, educação, emprego e moradia.
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