Uma investigação da Polícia Federal de Londrina averiguou que o grupo anônimo de combate a fake news, o Sleeping Giants Brasil, vem sofrendo retaliação de adversários políticos através de aparelhamento das instituições.
Na última segunda-feira (24/08), a juíza Ana Paula Caimi, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, determinou que o Twitter informasse dados cadastrais e endereço de IP dos integrantes do grupo, numa tentativa de barrar o avanço do movimento.
O caso gerou revolta fazendo com que aproximadamente 50 entidades civis, como a WWF Brasil e a Uneafro, se unissem em nota de repúdio ao que consideram perseguição política e censura.
As organizações lembram situações parecidas como o dossiê antifascista e os ataques do governo federal a imprensa numa tentativa de calar opositores.
O Sleeping Giants, grupo defendido na nota, tem se destacado ao mobilizar cidadãos para que se unam contra grandes patrocinadores de sites e blogs que propagam notícias falsas.
Em nota, as entidades lembram que vitórias do Giants é o motivo pelo qual a equipe anônima tem sido perseguida.
A juíza que tem conduzido o caso acredita não haver abuso do direito à liberdade de expressão pelo movimento, não havendo motivos para apagar o trabalho do grupo das redes.
“Se nenhum crime foi cometido, qual a justificativa para obrigar as plataformas a fornecerem os dados?”, destaca a juíza.
Com a investigação em curso, as organizações se solidarizam ao Sleeping Giants Brasil, e afirmam em nota que seguirão fortes no combate a indústria de fake news.