Voltar
-
31/08/2020

Grupo anônimo de combate a fake news sofre perseguição em Londrina

Caso se assemelha a outros ataques recentes a setores da sociedade que buscam impedir a circulação de notícias falsas

Juíza Ana Paula Caimi, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul Juíza Ana Paula Caimi, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

Uma investigação da Polícia Federal de Londrina averiguou que o grupo anônimo de combate a fake news, o Sleeping Giants Brasil, vem sofrendo retaliação de adversários políticos através de aparelhamento das instituições. 

Na última segunda-feira (24/08), a juíza Ana Paula Caimi, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, determinou que o Twitter informasse dados cadastrais e endereço de IP dos integrantes do grupo, numa tentativa de barrar o avanço do movimento.

O caso gerou revolta fazendo com que aproximadamente 50 entidades civis, como a WWF Brasil e a Uneafro, se unissem em nota de repúdio ao que consideram perseguição política e censura.

As organizações lembram situações parecidas como o dossiê antifascista e os ataques do governo federal a imprensa numa tentativa de calar opositores.

O Sleeping Giants, grupo defendido na nota, tem se destacado ao mobilizar cidadãos para que se unam contra grandes patrocinadores de sites e blogs que propagam notícias falsas. 

Em nota, as entidades lembram que vitórias do Giants é o motivo pelo qual a equipe anônima tem sido perseguida.

A juíza que tem conduzido o caso acredita não haver abuso do direito à liberdade de expressão pelo  movimento, não havendo motivos para apagar o trabalho do grupo das redes. 

“Se nenhum crime foi cometido, qual a justificativa para obrigar as plataformas a fornecerem os dados?”, destaca a juíza. 

Com a investigação em curso, as organizações se solidarizam ao Sleeping Giants Brasil, e afirmam em nota que seguirão fortes no combate a indústria de fake news. 

 

Informe-se

Receba por e-mail as atualizações da Conectas