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26/05/2017

Controle social

Por mais transparência, Comitê de ONGs da ONU passa a transmitir reuniões ao vivo

Assistant Secretary of State for Population, Refugees, and Migration Anne C. Richard speaking at the 63rd Session of the UNHCR Executive Committee Assistant Secretary of State for Population, Refugees, and Migration Anne C. Richard speaking at the 63rd Session of the UNHCR Executive Committee

O Conselho Econômico e Social das Nações Unidas aprovou, no dia 19 de abril, resolução que determina a transmissão ao vivo pela internet das reuniões do Comitê de ONGs da ONU. O Comitê é órgão das Nações Unidas responsável por aprovar, rejeitar e retirar a acreditação de status consultivo de organizações da sociedade civil.

O texto apresentado por Chile, México e Uruguai recebeu 37 votos favoráveis –inclusive do Brasil–, 16 abstenções e nenhum contrário. Atualmente, existem cerca 4,5 mil entidades com autorização para atuar junto à ONU. A Conectas Direitos Humanos possui o status consultivo desde 2006.

A pauta por maior transparência no Comitê é uma demanda frequente de diversas organizações. Composto por 19 países com mandatos de quatro anos renováveis indefinidamente, o Comitê conta com Estados avessos à maior participação da sociedade civil. Países como Rússia, China, Cuba, Irã, Paquistão e Índia têm colocado obstáculos à acreditação de ONGs mais críticas aos seus governos.

“Como órgão que representa a porta de entrada da ONU à sociedade civil, essa medida é um primeiro passo no caminho de uma maior transparência e para evitar represálias políticas que restrinjam a atuação de diversas organizações em seus países”, afirmou Camila Asano, coordenadora de política externa da Conectas. “Esperamos que novas resoluções abram ainda mais o órgão à participação externa, facilitando o processo de acreditação daquelas ONGs que dispõem de poucos recursos e permitindo pronunciamentos públicos”, conclui.

Em janeiro, a Conectas teve um pedido de pronunciamento de seu representante negado. O discurso da entidade criticaria a falta de transparência do órgão e a importância da sociedade civil para a realização dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável adotados pelas Nações Unidas em 2015.

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