“Não temos utilizado de maneira plena as potencialidades das redes sociais”, afirma César Rodriguez Garavito, da ONG colombiana DeJusticia. “Vimos que é muito pouco, que o potencial ainda está para explodir”, completou observando como outras organizações e centros de pesquisa na América Latina estão utilizando as redes.
Ele reconhece que, por enquanto, as maiores contribuições das redes sociais foram distribuir melhor as informações sobre violações de direitos fundamentais e conectar mais facilmente ativistas da área. Mas diz também que é preciso que as organizações de direitos humanos estimulem “as pessoas para que se comprometam e atuem além dessa ação rápida e superficial de dizer que estão de acordo com uma causa”.
Além disso, Rodriguez destaca que hoje as redes sociais são realmente uma forma importante de envolvimento, mas que podem criar uma idéia superficial de participação. “Quer dizer que o ativismo significa simplesmente dar um clique e dizer que ‘curte’ algo ou que está de acordo com alguma causa, mas não ir adiante”, explica.
‘Internet e Revoluções’ será tema de debate realizado por Conectas, na Livraria Cutura do Conjunto Nacional, em São Paulo – no Teatro Eva Herz (Avenida Paulista, nº 2073).
O evento acontece no dia 11 de junho (segunda-feira), das 19h às 21h, com mediação da cineasta e apresentadora Marina Person e participações de Pedro Abramovay, diretor de campanhas da Avaaz, e Rodrigo Savazoni, da Casa da Cultura Digital, que discutirão o assunto.
Ao longo do debate, ainda serão exibidos outros depoimentos de ativistas de direitos humanos ao redor do mundo contando suas experiências no uso da internet.
Assista abaixo ao vídeo em que César Rodriguez Garavito, da ONG DeJusticia, comenta o uso das redes sociais.