Às vésperas das eleições para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, a serem realizadas no próximo dia 17, cerca de 200 entidades brasileiras divulgaram um manifesto conjunto contra a candidatura do Brasil à reeleição no órgão. O país é atual membro do Conselho pelo GRULAC (Grupo da América Latina e do Caribe) e disputa com Venezuela e Costa Rica uma das duas vagas disponíveis ao grupo para o triênio 2020-2022.
No manifesto conjunto, as organizações signatárias afirmam que o país não reúne as condições mínimas para pleitear a renovação de seu mandato ao Conselho. “As manifestações do governo brasileiro dando as razões de sua candidatura afrontam a tradição brasileira acumulada há décadas nas relações multilaterais e que sempre caminharam na defesa do universalismo dos direitos humanos”, destacam.
Segundo o documento, o Estado brasileiro “se orienta pela defesa de que há “humanos do bem”, “humanos direitos”, para os quais seriam razoáveis os direitos humanos, e outros seres humanos, os “bandidos” e aqueles/as que os apoiam, para que não seriam os direitos humanos”.
Em agosto, a Conectas enviou uma carta a membros do GRULAC incentivando que o grupo indicasse outros candidatos às duas vagas, de forma a tornar a eleição competitiva e mais democrática – até então disputada apenas por Brasil em Venezuela. Na semana seguinte, a Costa Rica anunciou sua candidatura.
Acesse aqui a íntegra do manifesto.