A Conectas Direitos Humanos, junto a outras organizações da sociedade civil, se manifestaram por meio de uma nota conjunta em repúdio à censura e desrespeito sofridos por cidadãos brasileiros que participavam de painéis da 40ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, em março deste ano.
No primeiro caso, a embaixadora Maria Nazareth interrompeu abruptamente a fala do ativista e ex-deputado Jean Wyllys, que ironicamente palestrava sobre novas formas de autoritarismo durante evento realizado na sede da ONU, na Suíça. Quatro dias depois, em outro evento na sede da ONU em Viena, a pesquisadora e secretária da PBPD (Plataforma Brasileira de Política de Drogas), Luciana Zaffalon, foi interrompida e descredibilizada por um homem que se identificou como Coordenador-Geral da Polícia Federal, enquanto apresentava dados sobre a atual situação do Brasil para uma reforma da política de drogas alinhada com direitos humanos e redução de danos.
“Conclamamos as Nações Unidas a dar encaminhamento a estes casos de intimidação, incitando o Estado Brasileiro a evitar e se abster de todos os atos de intimidação e represálias contra aqueles que cooperam ou tenham cooperado com as Nações Unidas para investigar estes casos, além de responsabilizar os autores dos casos e proporcionar reparações ao Sr. Wyllys e à Sra. Zaffalon.”, conclui a nota.
Confira aqui a íntegra da carta divulgada pela Conectas.