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29/05/2020

Sociedade civil pede participação remota em sessões presenciais da ONU

Conselho de Direitos Humanos decidiu retomar audiências de forma presencial em sua sede em Genebra



A decisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em realizar suas próximas sessões de audiências de forma presencial em sua sede, em Genebra (Suíça) foi alvo de questionamento por organizações da sociedade civil de diversas partes do mundo.

Apesar do apoio da sociedade civil à retomada das audiências, cerca de 20 entidades afirmaram em reunião virtual, realizada nesta quarta-feira (27), que a opção pelas conferências presenciais pode impedir que ONGs, movimentos e associações de países ainda profundamente afetados pela pandemia do Coronavírus não consigam estar presentes nos eventos. 

Entre as organizações participantes, estavam a ONG americana Human Rights Watch, o CELS (Centro de Estudios Legales y Sociales), da Argentina, o CIVICUS, da África do Sul, e as brasileiras Conectas e CIMI (Conselho Indigenista Missionário).

“Esta crise não pode ser usada como uma forma de limitar a participação da sociedade civil e as medidas tomadas para garantir a continuidade das sessões do Conselho não devem restringir nem retroceder ao trabalho realizado por aqueles que apoiam vítimas de violações de direitos humanos”, afirmaram em discurso e em carta encaminhada à presidência do Conselho.

Entre as medidas sugeridas pelas entidades para evitar a falta de representatividade nos eventos, constam a permissão para a participação remota em todos os debates e painéis, equilíbrio no número de falas entre participantes presenciais e online e interpretação simultânea em todos os idiomas oficiais das Nações Unidas.

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