Organizações da sociedade civil enviaram, nesta quarta-feira (20), uma carta à Tania Reneaum Panszi, Secretária Executiva da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) em que pedem a realização de audiência temática sobre a falta de medidas que assegurem às mulheres negras, transexuais e travestis a participação na disputa eleitoral em condições de igualdade.
Assinada por 11 organizações, a carta enfatiza a necessidade do sistema interamericano de direitos humanos, ligado à OEA, colocar em pauta a segurança de mulheres negras, transexuais e travestis nas eleições de 2022, com a finalidade de “prevenir e enfrentar a violência política e eleitoral”.
Conectas, Artigo 19, Coalizão Negra por Direitos e Instituto Marielle Franco são algumas das organizações que assinam o documento. O 184 período de sessões da CIDH ocorre entre os dias 13 e 24 de junho.
Ainda acordo com as organizações, “a ausência de implementação de medidas efetivas para enfrentar essa modalidade de violência compromete a participação de mulheres negras, transexuais e travestis em condições de igualdade no processo eleitoral, coloca em risco seus direitos fundamentais à vida e à integridade pessoal, afeta a representatividade democrática e colabora para perpetuar o racismo, o machismo, a dominação de classe e a LGBTIfobia estruturais no país”.