Na quinta-feira (8), Defensorias Públicas do Estado de São Paulo e da União, Conectas Direitos Humanos, Cimi (Conselho Indigenista Missionário), NECDH (Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos e NUDDIR (Núcleo Especializado Defesa da Diversidade e da Igualdade Racial) enviaram um ofício à Secretaria estadual de Segurança de São Paulo solicitando informações e providências em relação à atuação da PM durante um ato religioso do povo Guarani da Terra Indígena Jaraguá.
A PM de São Paulo reprimiu violentamente um ato religioso promovido pelo povo Guarani da Terra Indígena Jaraguá, que ocorria na Rodovia dos Bandeirantes (SP) no dia 8 de junho. Os indígenas manifestavam contra a aprovação do PL (Projeto de Lei) 490/2007 — que dificulta a demarcação de terras dos povos originários no Brasil.
No ofício, as organizações da sociedade civil e instituições públicas requisitaram um total de 18 informações e providências relacionadas à ação da PM. Entre as perguntas feitas no documento, destacam-se: “Algum policial ou agente de segurança portava arma de fogo? Quantos, quais armas e por qual motivo? Quantos projéteis foram disparados? O que justificou tal ação?”.
O documento foi enviado com a expectativa de esclarecer os acontecimentos e garantir transparência na conduta das autoridades responsáveis pela segurança pública. As organizações e instituições envolvidas demonstram preocupação com o respeito aos direitos humanos e a necessidade de investigação rigorosa sobre o ocorrido.