Organizações da sociedade civil manifestaram preocupação pela situação de centenas de milhares de venezuelanos que se viram forçados a deixar o país nos últimos anos, e cobraram providências dos governos para que estas pessoas sejam acolhidas de maneira adequada. As manifestações foram feitas no âmbito da Consulta da América Latina e do Caribe para o Pacto Mundial de Refugiados, que aconteceu em Brasília nos dias 19 e 20/2
De acordo com o Acnur (Agência da ONU para Refugiados) o número de venezuelanos solicitantes de refúgio aumentou 8.828% entre 2012 e 2016. Frente a esta situação, as organizações pediram que os governos se comprometam a implementar uma resposta abrangente baseada no princípio da responsabilidade compartilhada e adotem medidas para fornecer acolhida humanitária e respostas de proteção internacional aos venezuelanos.
As entidades também ressaltaram a importância de não adotar medidas que possam violar os direitos humanos ou prejudicar o princípio da não-devolução. Nesse quadro, elas reconheceram a importância da ação de órgãos internacionais: “seria particularmente importante facilitar as visitas de campo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para conhecer a situação enfrentada pelos venezuelanos, os esforços que os diferentes países estão implementando e para compartilhar boas práticas”, afirmaram as organizações na carta aberta.
A nota pública foi assinada pela Conectas, Grupo Articulador Regional del Plan de Acción de Brasil, CEPRI – Centro de Protección al Refugiado y al Migrante, CELS (Centro de Estudios Legales y Sociales Argentina), IMUMI (Instituto para las Mujeres en la Migración), Dignidad y Justicia en el Camino A.C., FM4 Paso Libre e Compañía de las Hijas de la Caridad. Misión estar en frontera, entre outras.