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29/04/2014

Sob protestos, Egito sentencia quase mil pessoas à morte

Conectas e ONGs parceiras pressionam autoridades a rever sentença “sem precedentes no mundo”

Conectas e ONGs parceiras pressionam autoridades a rever sentença “sem precedentes no mundo” Conectas e ONGs parceiras pressionam autoridades a rever sentença “sem precedentes no mundo”

Conectas enviou no dia 17 de abril uma carta expressando “profunda preocupação e indignação” ao embaixador do Egito em Brasília, Hossameldin Mohamed Ibrahim Zaki, pela sentença de morte proferida no dia 24 de março contra 529 cidadãos egípcios pelo Tribunal Penal de Minya. Para a organização, a sentença “não tem precedentes na história mundial recente” e deve ser revista imediatamente.

À decisão das autoridades judiciais egípcias somam-se outras 683 condenações semelhantes, proferidas uma semana depois do envio da carta. Ao mesmo tempo, Cairo mudou a condenação de 492 dos primeiros 529 condenados à morte – passando para “prisão perpétua”. Assim assim, até hoje, um total de 720 membros da Irmandade Muçulmana foram condenados à pena capital em julgamentos coletivos.

Conectas pediu “julgamento justo e imparcial, de acordo com os mais altos padrões internacionais” e lembrou que “muitos dos acusados foram julgados à revelia e não estavam presentes no tribunal no momento em que a sentença foi proferida, o que claramente viola o artigo 14 do Pacto Internacional Sobre os Direitos Civis e Políticos”, ratificado pelo Egito em 1967.

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