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20/07/2018

Sesc recebe campanha “Encarceramento em massa é justiça?” de julho a setembro



A campanha “Encarceramento em massa é justiça?” da Rede Justiça Criminal, será sediada pelo Sesc 24 de Maio, no centro de São Paulo durante os meses de julho, agosto e setembro. A iniciativa faz parte de uma série de eventos culturais, artísticos e educativos pautados na campanha, com o objetivo de mobilizar a sociedade para debater o tema.

A instalação “Realidade Visceral” é a atividade que permeará toda programação do Sesc, funcionando entre 11 de julho e 09 de setembro. A partir de um vídeo 360º, o espectador e a espectadora são convidados a  participar  de  uma  experiência  de  realidade  virtual  que  simula  uma  cela  superlotada. O intuito da exposição é sensibilizar sobre a realidade vivida dentro das prisões, salientando as violações de direitos sofridas cotidianamente pelas pessoas presas.

A primeira atividade cultural da programação é o ConverSarau 1 – “O encarceramento em massa, presos provisórios e alternativas penais”. Atualmente, o Brasil ocupa o 3º lugar na lista de países que mais encarceram no mundo. Desse total, quase a metade da população carcerária é composta de pessoas presas que ainda não foram definitivamente julgadas. A partir desse cenário, o primeiro ConverSarau propõe debater alternativas ao encarceramento e quais as perspectivas e ações que o país pode adotar para lidar com o tema.

O bate-papo contará com a mediação de Emerson Ferreira, psicólogo e egresso do sistema prisional, que protagonizou o vídeo “Realidade Visceral”. Entre as convidadas também estão Beatriz Besen, psicóloga e mestranda em psicologia social pela USP, Marina Dias, diretora executiva do IDDD, Railda Silva, ativista e coordenadora da Amparar (Associação de familiares e amigos/as de presos/as), e Raquel da Cruz Lima, advogada e pesquisadora no relatório Mulheres Sem Prisão, do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania – ITTC.

A programação conta com mais cinco ConverSaraus, além de exibições de longa-metragens, apresentações musicais, peças teatrais e exposições fixas. Confirme presença e acompanhe a programação no Facebook.

Confira a programação completa.

 

Sobre a Rede Justiça Criminal

Criada em 2010 com o objetivo de combater o uso abusivo da prisão provisória, a Rede Justiça Criminal (RJC) é um coletivo formado por oito organizações da sociedade civil brasileira, que trabalha para tornar o sistema de justiça criminal mais justo e atento aos direitos e garantias fundamentais. A atuação da RJC faz uma crítica ao uso predominante da prisão como resposta do Estado ao crime, denunciando a escolha de uma política criminal punitivista, que leva ao encarceramento em massa. A RJC acredita que a política criminal deve embasar-se em informações qualificadas para a construção de um diagnóstico mais preciso que permita implantar soluções adaptadas, identificar gargalos e propor ações corretivas.

Para isso, a Rede desenvolve um intenso trabalho de incidência política, buscando diversificar e inovar em sua atuação. As estratégias buscam mobilizar a opinião pública, a imprensa, a academia, a sociedade civil e outros atores para incidir de maneira mais eficaz sobre o poder público, último responsável pela efetivação das garantias fundamentais e por promover mudanças positivas no sistema de justiça criminal brasileiro.

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Compõem a Rede Justiça Criminal as seguintes organizações: Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Conectas Direitos Humanos, Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (GAJOP), Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH), Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), Instituto Sou da Paz, Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC) e Justiça Global.

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