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03/01/2024

Série do UOL mostra manipulação de câmeras corporais em PMs e desincentivo da tecnologia em São Paulo

Realizada em parceria com a Conectas, reportagens abordam os desafios na utilização da ferramenta nas corporações

Câmeras corporais no uniforme de PMs. Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil Câmeras corporais no uniforme de PMs. Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

O UOL, em parceria com a Conectas, lançou uma série com duas reportagens sobre a utilização de câmeras corporais em policiais militares em São Paulo. As matérias foram conduzidas pelo jornalista Luis Adorno, confira os textos abaixo. 

A primeira reportagem mostra que os PMs de São Paulo aprenderam a manipular câmeras corporais e a burlar o sistema de armazenamento das imagens captadas em serviço, possibilitando a fraude de evidências. Entre as diversas brechas que facilitam as fraudes, destaca-se a ausência de uma controladoria independente.

A matéria entrevistou o Bruno Rodrigues Dias, soldado da Polícia Militar, que apontou quatro maneiras de manipular os registros das câmeras: 

  • Apagar o vídeo usando o botão “excluir”;
  • Deixar de colocar a câmera na Doca (aparelho usado para inserir o conteúdo no sistema) por 90 dias, prazo em que as imagens são apagadas automaticamente do equipamento;
  • Mudar a data da gravação para um período retroativo anterior ao tempo de expiração;
  • Determinar, em caso de policiais de classificação alta (com perfil administrativo, por exemplo), que o material tenha sua exclusão programada no momento da classificação do vídeo pelo agente

A matéria expõe mais detalhes de fraudes e manipulações das câmeras corporais. Leia na íntegra

A segunda reportagem mostra que o governo federal quer expandir o uso de câmeras corporais pelo país, enquanto São Paulo segue o caminho oposto. Hoje, sete estados contam com a tecnologia das câmeras corporais e outros dez estão em fase de teste ou licitação.

Entretanto, o estado São Paulo, tido por outros estados como exemplo, segue o caminho inverso. A atual gestão do governador Tarcísio de Freitas desestimula o uso da tecnologia. O governo paulista cortou em 35% o orçamento destinado às câmeras corporais em 2023 — caiu de R$ 152 milhões para R$ 97,6 milhões.

Além disso, Tarcísio afirmou que que não ampliará o número de “bodycams”, sob o argumento de que pretende priorizar a presença de policiais nas ruas e o policiamento ostensivo. Leia na íntegra.

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