Sanções econômicas tendem a fortalecer líderes autoritários, já que são frequentemente utilizadas como ferramenta de repressão e violação de direitos contra população. Esse é um dos argumentos da nota pública assinada pela Conectas e por outras 15 organizações da sociedade civil sobre as novas restrições anunciadas pelo governo Trump contra o regime de Nicolás Maduro na última segunda-feira (5).
A ação tem como objetivo limitar ainda mais o acesso da Venezuela ao comércio global. Destinada a restringir as atividades de empresas terceirizadas que negociam com o país, o governo norte-americano alega que as sanções não afetarão a importação de mantimentos e remédios.
De acordo com as entidades, os EUA não tem como garantir que não haverá consequências negativas sobre os milhões de venezuelanos que sofrem com a falta generalizada de itens básicos de sobrevivência. A nota enfatiza ainda que a exportação de petróleo da Venezuela é a base da economia do país e restringir essa comercialização coloca em risco, de forma indireta, a importação desses produtos.
Por fim, o documento alerta que, na prática, o impacto econômico dessas sanções reduzirá as importações, no contexto de extrema vulnerabilidade em que se encontram milhões de pessoas no país, e solicita ao governo dos EUA que encontre maneiras de lidar com a situação da Venezuela de forma a não agravar o sofrimento humano.
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