Cada ano que o Brasil atravessa tem sido mais desafiador para a garantia de direitos básicos. Lutar por direitos humanos tornou-se sinônimo de combater os fortes riscos de retrocessos ao invés de promover avanços sociais e democráticos. Em 2017, o país, já em seus primeiros dias, foi palco de mais uma série de violentas rebeliões em presídios, repetindo cenas que mais uma vez chocaram o mundo, e encerrou o ano assistindo os terríveis impactos da crise humanitária que atingiu a Venezuela e que gerou um fluxo migratório à fronteira com o país, em Roraima. Nesse intervalo, novas tentativas de enfraquecimento da “lista suja” do trabalho escravo foram encampadas e as populações indígenas e quilombolas enfrentaram a ameaça do marco temporal no STF (Supremo Tribunal Federal).
A adoção de uma nova legislação que prevê uma acolhida humanitária a migrantes, porém, significou um respiro e os frutos de uma longa luta das comunidades de imigrantes e da sociedade civil. Tudo isso em um ano em que o país teve que prestar contas na ONU sobre sua situação de direitos humanos.
A Conectas atuou e se fez presente em todos estes momentos.