A segurança pública está no topo da preocupação dos paulistanos nessas eleições municipais. As menções ao tema (29%), de acordo com pesquisa Genial/Quaest, superam assuntos que são comumente debatidos nas eleições, como saúde (17%), educação (5%) e transporte público (5%).
Para fortalecer soluções para conter a violência na cidade, a Rede Justiça Criminal promove, na próxima quarta-feira (18), das 19h às 22h, um debate entre candidatos e candidatas à Vereança da cidade de São Paulo de diferentes posições políticas. A atividade é aberta ao público e ocorre na Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco da Universidade de São Paulo (FDUSP).
Participam do encontro as candidaturas de Adriano Diogo (PT), Carmen Silva (PSB), Carolina Iara (PSOL) e Ingrid Soares (Rede). A mediação será realizada pelo jornalista especialista no estudo da violência e autor do livro “A Fé e o Fuzil”, Bruno Paes Manso.
A atividade faz parte do lançamento da agenda de propostas para a gestão municipal ‘Sem o município, não há solução para a violência’ que revela que, ainda que a segurança pública seja vista como responsabilidade do governo do Estado, quem comanda as polícias Civil e Militar, as cidades têm papel fundamental na formulação e aplicação de políticas públicas que diminuam a violência.
“Entidades de direitos humanos denunciam cotidianamente que as diversas causas da violência estão relacionadas à falta de acesso a oportunidades, educação, trabalho e moradia digna, saúde, alimentação, transporte público e bem-estar da população” afirma Janine Salles de Carvalho, secretária-executiva da Rede Justiça Criminal. “Quando o Estado se faz presente somente através da polícia e da repressão, instala-se um ambiente de guerra, deixando a população refém do medo” finaliza.
A agenda, apoiada por diversas instituições, entre elas Conectas Direitos Humanos, Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC), Instituto Sou da Paz e Humanitas360, ressalta que é necessário os gestores públicos aproveitarem a proximidade com a população para entender as dinâmicas e vulnerabilidades de seus territórios e pensar políticas preventivas e protetivas.