Organizações da sociedade civil solicitaram, nesta quarta, 10/12, a realização de uma audiência pública no STF (Supremo Tribunal Federal) para questionar a ação judicial (ADI 2404) que prevê a extinção da Classificação Indicativa para programação de rádio e televisão.
Em nota pública, 75 entidades, entre elas a Conectas, denominaram como “inaceitável” a tentativa de acabar com o instrumento que obriga emissoras de TV e distribuidoras de produtos audiovisuais a veicular a classificação atribuída a cada programa.
As instituições alegam que a ação, movida pela ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), atende meramente aos interesses comerciais das emissoras de radiodifusão sem considerar prováveis prejuízos causados por programação veiculada em faixa inadequada.
“Essa política pública busca equilibrar o direito à liberdade de expressão e o dever de proteção à criança e ao adolescente”, diz um trecho da nota.
O documento ainda ressalta que a Classificação Indicativa existente no Brasil está adequada aos padrões internacionais de liberdade de expressão expressos pela ONU (Organizações das Nações Unidas) e CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos).