Organizações da sociedade civil pedem que o Conselho de Direitos Humanos da ONU, durante sua 36ª sessão que acontece entre os dias 11 e 29/09, repreenda a Venezuela pelo aprofundamento da crise humanitária e de direitos humanos no país.
Em agosto deste ano o Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos divulgou um relatório que aponta que extensivas violações de direitos humanos e abusos foram cometidas no contexto dos protestos contra o governo de Nicolás Maduro. De acordo com o comissário Zeid Ra’ad Al Hussein, isso indica a existência de uma política de repressão a dissidentes políticos.
Além disso, a população venezuelana vem lidando com grave a escassez de medicamentos e alimentos. Estatísticas oficiais de 2016 mostram que a mortalidade infantil aumentou 30% e a mortalidade materna cresceu 65%.
Para as entidades, o sistema de justiça da Venezuela falhou em responsabilizar os culpados pelos abusos, garantindo que eles continuassem a agir impunemente. Elas pedem que os Estados-membro enviem uma clara mensagem para o governo venezuelano de que estes abusos não serão tolerados e demandem ações do governo Maduro visando a garantia de direitos da população venezuelana, como o fim da repressão e libertação dos presos políticos,.
“O Conselho dos Direitos Humanos também deve levar em consideração as recomendações do Alto Comissário para os Direitos Humanos e pedir ao seu gabinete que continue a acompanhar atentamente a situação dos direitos humanos no país e a informar regularmente ao Conselho”, completam as organizações.
Assinam a carta a Conectas, 81 organizações venezuelanas e outras 34 organizações internacionais.