A guerra na Síria já dura quase seis anos e nesse tempo cerca de 500 mil pessoas morreram e 11 milhões foram obrigadas a deixar suas casas. Recentemente uma série de ataques aéreos contra a região de Aleppo tem colocado em risco a vida de cerca de 250 mil civis. Frente a essa situação, 223 organizações da sociedade civil se uniram para demandar que as Nações Unidas ajam urgentemente e convoquem uma Sessão Especial de Emergência da Assembleia Geral da ONU, exigindo o fim às violações do Direito Internacional Humanitário na região e o acesso imediato e sem obstáculos à ajuda humanitária. Essa Sessão Especial ainda não foi concretizada.
De acordo com o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos “ataques aéreos indiscriminados em toda a parte oriental da cidade por forças governamentais e seus aliados são responsáveis pela esmagadora maioria das vítimas civis”. A Rússia vem usando seu poder de veto no Conselho de Segurança para barrar qualquer esforço de tentar impedir essas atrocidades.
Conectas e as outras 222 entidades afirmam na carta aberta enviada aos Estados Membros que a ONU “não cumpriu a sua missão ao abrigo da Carta das Nações Unidas e não cumpriu a sua responsabilidade de proteger o povo sírio”, e completam sugerindo que “os Estados-Membros devem também explorar possíveis vias para levar à justiça os perpetradores de crimes graves de acordo com o direito internacional de todas as partes.”
A coalizão formada por entidades de 45 países dos 5 continentes finaliza declarando que a falta de ação não deve ser uma opção neste caso.