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11/09/2014

Participação real

Sociedade civil endossa criação de Conselho Nacional de Política Externa

Sociedade civil endossa criação de Conselho Nacional de Política Externa Sociedade civil endossa criação de Conselho Nacional de Política Externa

O governo brasileiro tem dado sinais de avanço em relação à transparência e à participação social na política externa. Em maio de 2013, durante sabatina no Senado, o então ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, comprometeu-se a ampliar o contato do Itamaraty com a sociedade civil e seus mecanismos de transparência. O discurso foi reafirmado meses depois, em nova audiência no Senado, pelo atual chanceler Luiz Alberto Figueiredo.

A promessa dos ministros gira ao redor de duas propostas concretas, antigas na agenda de organizações que trabalham com o tema: a criação de um Livro Branco, com as diretrizes da ação internacional do Brasil, e de um Conselho Nacional de Política Externa, órgão de caráter consultivo que consolidaria um canal formal de comunicação entre a sociedade civil e o Executivo.

Essa última proposta acaba de ganhar impulso do CBDHPE (Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa), do qual Conectas é membro fundador. O órgão, formado por ONGs e instituições estatais, acaba de apoiar publicamente a criação do novo conselho para “institucionalizar a participação social de setores interessados em política externa, criando canais para diálogo e assessoramento no que tange às diretrizes gerais da Política Externa do Executivo”.

Através do CONPEB, o governo brasileiro prestaria contas públicas de suas ações e obteria subsídios para futuras decisões em política externa.  “Sem institucionalização, não há participação real. É por isso, que a criação do Conselho é de extrema importância”, enfatizou Camila Asano, coordenadora do Programa de Política Externa da Conectas.

Em carta, os membros do Comitê ressaltaram a importância da autonomia política e financeira do futuro órgão, além da pluralidade de sua composição. Outra preocupação é de que o CONPEB, por ser consultivo, possua mecanismos de cobrança. A ideia é que o governo apresente justificativas sempre que as recomendações dos conselheiros não forem acolhidas.

O documento aponta, ainda, que as sessões do Conselho devem ser transmitidas e registradas em atas públicas, garantindo a capacidade de monitoramento de suas atividades e a inclusão de pautas de direitos humanos em seus debates e deliberações.

Leia aqui a íntegra do documento.

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