Na última sexta-feira (09), a Conectas Direitos Humanos, Defensoria Pública de São Paulo, o Instituto Vladimir Herzog e Fórum de Segurança Pública denunciaram à ONU (Organização das Nações Unidas) e CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) as “execuções sumárias, arbitrárias e extrajudiciais”, no Guarujá, litoral de São Paulo.
No documento, as entidades questionam a retomada da Operação Escudo e pedem que procedimentos especiais sejam recomendados ao Estado brasileiro para conter a “escalada de violência”.
Em 2023, teve início a Operação Escudo. Foram 40 dias de operação, 958 prisões e ao menos 28 pessoas mortas — segundo dados anunciados pelo próprio Governo do Estado — sendo considerada a mais violenta e letal do Estado de São Paulo, após o Massacre do Carandiru e os Crimes de Maio de 2006.
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A Operação Escudo foi retomada no início deste ano e deixou ao menos nove pessoas mortas. No documento de denúncia, as organizações fazem uma série de pedidos aos órgãos internacionais.
O documento pede para que o Estado brasileiro seja questionado sobre a Operação Escudo, especialmente pela caracterização de flagrante e contínua atuação violenta das forças policiais. As organizações também reforçam o pedido da obrigatoriedade do uso das câmeras durante todas as operações policiais no Estado de São Paulo.