Nesta última sexta-feira, 11, entidades da sociedade civil que atuam com direitos humanos se uniram em uma carta endereçada ao STF (Supremo Tribunal Federal) para apresentar cinco pontos a serem observados nas tomadas de decisões frente à futura fase de vacinação contra a pandemia causada pela Covid-19.
Com preocupação sobre como será o procedimento das fases de vacinação e os grupos prioritários, as organizações pedem ao Supremo que seja levado em conta grupos já marginalizados mesmo antes da quarentena, visto que a condição da saúde no Brasil é desigual para pessoas em vulnerabilidade.
De acordo com o documento, apesar de o âmbito político do SUS (Sistema Único de Sáude) ser a de adotar a vacinação universal, em um primeiro momento não haverá suporte para atender a todos os públicos, sendo fundamental priorizar aqueles que estão mais expostos ao risco de contaminação e que trabalham em serviços essenciais.
As organizações ainda descrevem a preocupação frente ao modo como governantes das três esferas de poder devem se unir neste procedimento, de modo a fortalecer o SUS e valorizar a comunidade científica no Brasil, um serviço primordial nesta e para além desta fase de quarentena.
Com os pontos em que analisam principais a serem adotados na vacinação, as entidades afirmam que não há conflito de interesses com agendas privadas ou político-partidárias, e que a observação sobre grupos prioritários, bem como a valorização da ciência é um compromisso com a população que tanto espera para ser imunizada.