Organizações cobram da ONU lista de empresas que atuam em assentamentos na Palestina
Segundo entidades, base de dados é ferramenta chave para impedir a instalação de empreendimentos ilegais de Israel
Etienne Valois/Flickr
Em carta, Conectas e mais nove organizações ligadas a direitos humanos cobraram, nesta segunda-feira (8), a divulgação da base de dados da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre empresas envolvidas em assentamentos israelenses no OPT (Território Palestiniano Ocupado), zona composta pela Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
A publicação dos dados foi determinada pela Resolução 31/36 do Conselho de Direitos Humanos da ONU, estabelecida em março de 2016. A normativa determina que o Alto Comissariado deve produzir anualmente um relatório detalhado de empresas envolvidas nesse tipo de atividade.
O documento encaminhado pelas organizações aponta que o atraso no lançamento dessa base é um empecilho à manutenção da transparência e da defesa de direitos do povo palestino. Além disso, destaca que essa falta de informação ocorre em um momento especialmente preocupante de rápida expansão de assentamentos israelenses e de sucessivas tentativas de legitimá-los.
De acordo com as entidades, os dados também são importantes para potencializar a Resolução 23/34 do Conselho de Segurança da ONU, que classifica como ilegal todas as colônias israelenses em territórios palestinos ocupados.
