A população brasileira está sendo duramente atacada em dois fronts. De um lado, o Brasil tornou-se o epicentro da Covid-19. A desigualdade social e a deficiência dos serviços públicos criam terreno fértil à disseminação do vírus, especialmente entre os mais vulneráveis, em sua maioria negros nas periferias urbanas. A situação é agravada pela desastrosa postura do presidente da República, que, em sua obsessão por poder, colocou o Brasil no restrito e caricato grupo de nações governadas por negacionistas da pandemia.
Bolsonaro usa a epidemia como palanque e confunde a população. Sustenta falsa dicotomia entre saúde e economia, buscando cavar um álibi para eximir-se da responsabilidade pelo inevitável desastre humanitário e econômico. O governo federal não exerce seu papel de coordenação das ações de controle da Covid-19, e Bolsonaro sabota medidas dos governos estaduais e municipais e do próprio Ministério da Saúde, hoje loteado por militares, após demissões de dois médicos, que não se submeteram à insanidade presidencial.