Nesta quinta-feira (28), durante a 54ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Conectas, Instituto Maíra e Associação Indígena do Povo Arara da Cachoeira Seca – KOWIT denunciam violação dos direitos indígenas no Brasil, especialmente a situação que enfrentam na Terra Indígena Cachoeira Seca.
No Conselho, Tymbektodem Arara, presidente da Associação Kowit – TI Cachoeira Seca, pediu respeito a vida e território dos povos indígenas. No discurso, ele afirma que a demarcação do território do Povo Arara só ocorreu em 2016, 30 anos após o contato com os não indígenas.
“Hoje lutamos pela retirada de mais de 2 mil invasores, consequência da instalação da hidrelétrica de Belo Monte. Esses impactos colocaram nosso território como um dos mais desmatados do Brasil”, destaca o presidente. As entidades solicitaram à comunidade internacional esforços para a desintrusão da Terra Indígena Cachoeira Seca
Na semana passada, as entidades lançaram o relatório “Vidas em territórios sob pressão: povos Uru-Eu-Wau-Wau, Paiter Suruí e Arara”. O documento revela os desafios, a resistência e estratégias de proteção de povos indígenas.