O racismo religioso no Brasil foi tema de denúncia apresentada nesta segunda-feira (3) na 51ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Conectas e Ocupação Cultural Jeholu afirmaram que o Brasil precisa ser ativo na promoção da liberdade religiosa de pessoas adeptas às religiões de matriz africana.
“É preciso que o Estado Brasileiro seja ativo na promoção da plena cidadania de pessoas afrodescendentes, o que inclui a liberdade de expressar e praticar sua fé; e também a preservação dos seus locais de culto, de modo a garantir que sua cultura e tradição sejam preservadas, sua dignidade respeitada e seu compromisso com a justiça, a não discriminação e a democracia sejam afirmados”, afirmou Felipe Brito, diretor geral da Ocupação Cultural Jeholu.
“O racismo estrutural perpassa todas as instituições de justiça e reforça a omissão do Estado brasileiro frente aos ataques contra pessoas adeptas de religiões de matriz africanas e seus locais de culto, bem como à apuração e responsabilização desse tipo de discriminação e violência”, diz outro trecho do discurso.