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24/03/2015

OEA discute abusos das polícias em protestos no Brasil

Entidades de 11 países denunciam abusos e cobram recomendações de conduta policial

The organizations asked the IACHR to prepare document that sets rules of conduct for the public security forces at protests The organizations asked the IACHR to prepare document that sets rules of conduct for the public security forces at protests

A forma violenta e intimidatória como as Polícias Militares vêm atuando durante manifestações populares desde junho de 2013 foi abordada em audiência ocorrida na segunda-feira (16/3) na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Washington D.C., EUA.

O tema da violência por parte de forças de segurança foi proposto por 30 entidades de 11 países: Brasil, México, Peru, EUA, Colômbia, Argentina, Venezuela, Honduras, Chile, Uruguai e Canadá. Elas argumentaram que, junto com o crescimento do número de manifestações na região, ocorre também um aumento da repressão, tanto policial como do Judiciário.

“Muitos Estados criminalizam as lutas sociais, por meio de legislações restritivas e prisões arbitrárias. Tais fatos tem como resultado a desmobilização e a intimidação dos manifestantes”, afirmou Rafael de Sá Menezes, da Defensoria Pública do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos de Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

“Leis que cairiam em desuso são ressuscitadas, como a Lei de Segurança Nacional. No Brasil, nas manifestações de 2013, mais de 2 mil pessoas foram detidas ilegalmente”, completou.

As entidades pediram que a Comissão Interamericana elabore um documento que discuta padrões de comportamento, especialmente das forças públicas, em protestos sociais. Foi pedido também que sejam adotadas normas regionais para o uso de armas não letais.

Veja aqui a íntegra da audiência

Leia mais sobre audiência na OEA, em 2014, sobre protestos no Brasil

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