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28/05/2014

Novos atores

Índia e África do Sul projetam poder sob o olhar atento da sociedade civil



Potências regionais, como Índia e África do Sul, projetam cada vez mais poder e influência para além de suas respectivas regiões, tornando mais diverso e complexo o quadro de atores no xadrez global. Mas como estes países equilibram de maneira coerente seu papel internacional com os passivos internos? Como promovem democracia, combate à desigualdade, respeito aos direitos humanos e outros valores, enquanto lidam com estes mesmos problemas dentro de suas próprias fronteiras? E como as organizações da sociedade civil pressionam ambos governos nesta direção?

“Nos últimos anos, esses países – notadamente as chamadas ‘democracias emergentes’ – vêm assumindo posições mais avançadas em relação aos assuntos internacionais como um todo. Suas políticas externas, incluindo a dinâmica das decisões políticas, as narrativas e as prioridades políticas, bem como seus compromissos internacionais que afetam os direitos humanos, em vista disso, exigem uma análise mais sistemática”, diz a #SUR19 ao apresentar uma entrevista com duas defensoras de direitos humanos da Índia e da África do Sul.

A advogada Maja Daruwala, diretora da Iniciativa para os Direitos Humanos da CHRI (Commonwealth Human Rights Initiative), diz que “a política externa da Índia sempre foi reservada a um pequeno grupo da elite, com o povo mantido fora de tais debates. No entanto, nos últimos tempos, essa situação parece estar sofrendo alguma mudança, não apenas devido à sociedade civil exigir que sua voz seja ouvida a respeito de questões específicas de política externa, mas também parece haver uma maior abertura por parte dos tomadores de decisão políticas para discutir assuntos externos”.

A outra entrevistada, a gerente de projetos da Iniciativa Espaço Cívico na Civicus: Aliança Mundial para a Participação Cidadão, Susan Wilding, busca no Livro Branco da Política Externa da África do Sul, de 2011, o amparo que permite à sociedade monitorar o setor. “Um assunto de interesse nacional não pode ser da alçada exclusiva do Estado, mas deve incentivar um ambiente favorável ao diálogo e à comunicação entre todas as partes interessadas para examinar as políticas e estratégias e sua aplicação em favor dos interesses do povo.”

A entrevista é parte da edição 19 da Revista SUR, publicada pela Conectas em português, inglês e espanhol, com um dossiê temático sobre Política Externa e Direitos Humanos.

Todo o conteúdo da SUR pode ser acessado no novo site da revista e na versão impressa, que circula a partir de maio. A Revista SUR é editada e publicada pela Conectas há 10 anos, em três idiomas e com distribuição para mais de cem países. Todas as 18 edições anteriores estão disponíveis on line.

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