A CRE (Comissão de Relações Exteriores) e o Plenário do Senado aprovaram, na última quinta-feira (8/9), a indicação do diplomata Paulino Franco de Carvalho Neto para exercer o cargo de novo embaixador do Brasil em Angola.
Antes de ter a candidatura aprovada, Neto passou por uma sabatina na CRE na qual ressaltou o papel do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) e afirmou que este pode ser o meio pelo qual se dará o aumento da cooperação econômica entre Brasil e Angola.
Na ocasião, organizações como a Conectas, Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), PAD (Processo de Articulação e Diálogo) e a Omunga enviaram perguntas ao diplomata sobre temas relacionados a vistos, sociedade civil e censura e a cooperação entre os dois países.
As entidades pediram explicações, por exemplo, sobre como o governo brasileiro pretende monitorar a aplicação dessa lei para que jornalistas e outros profissionais de mídia não sejam censurados no país aliado, e como a Embaixada irá trabalhar para garantir que investimentos de empresas brasileiras sejam realizados com o respeito a direitos básicos de trabalhadores e das comunidades impactadas.
Em resposta, o diplomata afirmou que jornalistas brasileiros eventualmente reprimidos em Angola poderão buscar apoio da embaixada. Carvalho não respondeu, no entanto, sobre a garantia de direitos trabalhistas em projetos de investimento.