“Nenhuma vaga a mais!”
I Encontro Nacional de Conselhos da Comunidade em Brasília defende novos rumos para as políticas penais brasileiras. Conectas conta atualmente com dois conselheiros na Comarca de São Paulo
I Encontro Nacional de Conselhos da Comunidade em Brasília defende novos rumos para as políticas penais brasileiras. Conectas conta atualmente com dois conselheiros na Comarca de São Paulo
Aconteceu, nos últimos dias 6 e 7, em Brasília, o I Encontro Nacional dos Conselhos da Comunidade. Formados por representantes da sociedade civil, os órgãos têm por objetivo melhorar a assistência social, jurídica, médica, psicológica e familiar aos presos, contribuindo para a extinção da prática da tortura e de maus tratos no sistema carcerário brasileiro.
Durante o encontro foi aprovada moção de repúdio à criação de novas vagas no sistema prisional, superlotado devido às políticas de encarceramento em massa adotadas pelo Estado e palco de atrozes violações de direitos humanos. Dez medidas foram defendidas como caminhos alternativos à atual política carcerária nacional, como o fortalecimento das defensorias públicas e a criação de Comitês de Combate à Tortura em todas os estados do País.
Marcos Fuchs, diretor adjunto, e Rafael Custódio, coordenador do programa de Justiça da Conectas participam atualmente do Conselho da Comunidade da Comarca de São Paulo. Criado em março de 2005, o Conselho é a única entidade com poder de realizar visitas a todos os locais de detenção do Estado de São Paulo.
Para Custódio, “em um sistema prisional que é palco de tantas violações de direitos humanos, o Conselho da Comunidade é um importante mecanismo de controle social. Um encontro nacional possibilita que os conselheiros troquem experiências e discutam estratégias para incidir no sistema carcerário, questionando a lógica do silêncio sobre os abusos que ocorrem lá dentro”.
Leia a
íntegra da moção “Nenhuma vaga a mais! Pelo rompimento do encarceramento em massa e pelo resgate do Estado Social de Direito!”.
Saiba
Conectas tem dois nomeados para o Conselho da Comunidade – Órgão tem poder para monitorar de perto situação carcerária. Preocupação maior dos novos membros é com casos de tortura e maus tratos.