Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
A Conectas denunciou, nesta quarta-feira (10), a ausência de responsabilização e de políticas de reparação para as vítimas da violência praticada pelo Estado brasileiro. A denúncia foi apresentada na 60ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.
Na manifestação, a organização destaca que as graves violações cometidas contra pessoas negras e povos indígenas são históricas e persistem até hoje. Como exemplo, o discurso citou os Crimes de Maio, um dos episódios mais brutais de violência estatal desde a redemocratização, em que mais de 500 pessoas foram mortas ou desapareceram em ações do Estado brasileiro.
A entidade pede que o Estado reconheça os crimes como graves violações de direitos humanos, decretando, desta forma, a imprescritibilidade dos casos. “A justiça que rogamos hoje não é apenas a justiça pelas mães das vítimas; é a justiça que uma democracia deve a si mesma para não morrer”, encerra a organização no discurso.