A Conectas denunciou, nesta sexta-feira (20), a letalidade policial em São Paulo. A denúncia foi apresentada na 57ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, realizada em Genebra, na Suíça.
Na manifestação, a organização destaca que, em 2020, o programa ‘Olho Vivo’ reduziu a letalidade policial e a morte de policiais no estado. Porém, o programa foi descontinuado e substituído por uma política de segurança baseada no uso de tecnologia de reconhecimento facial, que compromete a transparência, a privacidade e aumenta o viés racial, dado que as câmeras não são ativadas em 70% dos incidentes.
A entidade pede que o Estado Brasileiro assegure a implementação do programa de câmeras nas forças policiais e que o estado de São Paulo mantenha diretrizes que assegurem o controle da letalidade policial e a proteção dos policiais por meio da gravação contínua, automática e do armazenamento de dados independente, juntamente com uma rigorosa responsabilização por não conformidade.
“Essas medidas são essenciais para proteger vidas e construir confiança na aplicação da lei”, encerra a organização no discurso.