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09/09/2021

Mulheres indígenas acompanham julgamento do ‘marco temporal’ em Brasília

II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas reúne mais de quatro mil lideranças femininas

Mulheres indígenas participam de atividades da II Marcha das Mulheres Indígenas  em Brasília (DF) Foto: @webertdacruz @retratacaocoletivo Mulheres indígenas participam de atividades da II Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília (DF) Foto: @webertdacruz @retratacaocoletivo

Mais de quatro mil mulheres de seis biomas brasileiros estão em Brasília (DF) na II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas. Com o tema “Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra”, a mobilização segue até dia 11 de setembro.

Acampadas no gramado da Funarte (Fundação Nacional de Artes), no Eixo Monumental, elas acompanham o julgamento do marco temporal no STF, que irá definir o futuro das terras indígenas no Brasil. As participantes também protestam contra a violência de gênero. Confira a programação completa da marcha neste link

Na chegada para o encontro organizado pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade, as lideranças indígenas femininas da Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, Caatinga e dos Pampas foram credenciadas e testadas para a covid-19.

“Nós, mulheres indígenas, lutamos pela demarcação das terras indígenas, contra a liberação da mineração e do arrendamento dos nossos territórios, contra a tentativa de flexibilizar o licenciamento ambiental, contra o financiamento do armamento no campo. Enfrentamos o desmonte das políticas indigenista e ambiental”, diz trecho do manifesto divulgado pela organização da marcha, que criou uma campanha de arrecadação de fundos para manter as participantes em Brasília (DF).

Diante de ataques contra o evento indígena, a Apib (Articulação de Povos Indígenas do Brasil) afirmou que o propósito da mobilização em Brasília é protestar de forma pacífica por direitos e acompanhar o julgamento no STF, em apoio aos ministros e ministras do Supremo contra a tese do marco temporal. Todos os ataques que se enquadram em crimes de racismo, injúria, calúnia e difamação serão devidamente denunciados para que sejam tomadas medidas cabíveis, bem como as condutas de intimidação e ofensas.

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