Na reunião da Assembleia Geral da ONU que aconteceu no dia 15 de novembro, foi apresentada uma “moção de não ação” pela Bielorrússia. Trata-se de um mecanismo que pode ser utilizado por qualquer Estado Membro para que algum item da pauta não seja submetido à votação. Preocupadas com o prejuízo que iniciativas como essa podem trazer para a discussão, organizações da sociedade civil escreveram uma carta direcionada a todos os representantes dos Estados Membros das Nações Unidas pedindo que a moção – que acabou sendo rejeitada – não fosse aceita.
As entidades acreditam que o uso da moção de não-ação pode sinalizar para indivíduos de diversas partes do mundo que a ONU não é um lugar onde a liberdade de expressão é respeitada e onde não se encoraja o debate. Elas reforçam ainda que mecanismos como esse não devem ser empregados para censurar discussões importantes e legítimas.
“O debate aberto e o diálogo estão no centro deste processo. Respeitar e apoiar o direito à liberdade de expressão é essencial para que a Assembleia Geral cumpra seu mandato”, afirmam Conectas e as outras signatárias na carta.
Além da Conectas, assinaram o documento outras 15 organizações, como Civicus, Human Rights Watch e Anistia Internacional.