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28/11/2019

Mercosul é cobrado a se posicionar sobre avanço da militarização na América do Sul

Em pronunciamento conjunto, organizações denunciam aumento do uso de estado de exceção e toque de recolher para responder conflitos sociais

Santiago, Chile, 11/21/2019 - Demonstrations this Thursday in Santiago do Chile against the government’s economic policies (Photo: Carlos Vera /Coletivo 2 +) Santiago, Chile, 11/21/2019 - Demonstrations this Thursday in Santiago do Chile against the government’s economic policies (Photo: Carlos Vera /Coletivo 2 +)

Nesta quinta (28), Conectas e mais oito organizações da sociedade civil cobraram posicionamento do Mercosul contra o avanço da militarização e a suspensão de democracias na região sul-americana e denunciaram o uso abusivo do estado de exceção e toque de recolher para responder a conflitos sociais em países da região. 

O pronunciamento conjunto foi feito durante a 34ª edição da RAADH (Reunião de Altas Autoridades de Direitos Humanos e Ministérios das Relações Exteriores do Mercosul), realizada  entre os dias 27 e 29 de novembro, em Brasília. O encontro que ocorre semestralmente é responsável por refletir e ditar a agenda de direitos humanos do bloco.

As instituições também solicitaram o início de um diálogo entre os países membros do Mercosul para manter as fronteiras abertas a bolivianos vítimas de perseguição e violência e reiteraram a obrigação dos Estados de investigar mortes e outras violações com prontidão, eficácia e imparcialidade. 

A repressão violenta a protestos no Chile, no Equador e na Colômbia; a expansão da presença militar no Rio de Janeiro, no México e na Argentina sob o argumento de combate ao tráfico de drogas; o aprofundamento da militarização da Venezuela e o golpe militar instaurado na Bolívia são alguns dos casos destacados como preocupantes no documento. 

Segundo as organizações aumentar a repressão e  não resolver conflitos sociais é colocar em risco décadas de construção democrática. “A força da democracia está em sua capacidade de articular e canalizar politicamente o conflito. Assumir respostas de exceção ameaça o Estado de direito”, enfatizam. 

  •  Leia aqui o documento na íntegra

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