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04/04/2018

Opinião: Marielle Franco desafiava estruturas da desigualdade no Brasil

A vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados em 14 de março (Foto: Márcia Foletto) A vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados em 14 de março (Foto: Márcia Foletto)

Artigo publicado por Juana Kweitel no Poder360.

Originária da Favela da Maré, local que esteve sob ocupação militar entre 2014 e 2015, Marielle era contra a intervenção no Rio, uma medida que, de acordo com a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal, é abertamente inconstitucional. Ela é inconstitucional pela amplitude do prazo da intervenção, pela violação da obrigação de respeitar a legislação estadual e, sobretudo, pela natureza “militar” do cargo do interventor. Em breve, a PGR (Procuradoria Geral da República) terá que se manifestar na ação direta de inconstitucionalidade impetrada pelo PSOL questionando o decreto de intervenção. Mais de 40 organizações de direitos humanos de todo o país já tinham requerido à PGR que questionasse no STF a medida. Agora a PGR não poderá optar pelo silêncio: vai ter que tomar posição. Espera-se que tome a posição enunciada na sua própria nota e evite legitimar uma medida que criou por decreto um estado de exceção.

Mulher negra, mãe e favelada, segundo sua própria definição, Marielle foi a primeira pessoa da Maré a ocupar um cargo legislativo. Seu assassinato deixou o país em choque e impulsionou o debate público sobre o que muitos denunciam há tempos: o genocídio da população negra. A fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, Sueli Carneiro é uma dessas vozes. Ela foi uma das primeiras pessoas que ouvi denunciar esse crime.

>> Leia o artigo, na íntegra, aqui

 

 

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