Mais de 100 organizações da sociedade civil, entre elas a Conectas, se uniram em nota de repúdio ao que chamam de insensibilidade à realidade de migrantes e refugiados no Brasil, sobretudo no contexto da pandemia após despejo da ocupação espontânea Beira Rio, localizada em Boa Vista, Roraima, no dia 18 de agosto.
A revolta se dá principalmente porque não houve diálogo, pedido judicial ou chance de defesa das pessoas que, segundo a nota, sofreram atentado de instituições do poder público.
O texto lembra ainda que a ocupação já vinha sendo acompanhada pela Operação Acolhida, que teria um Plano de Realocação para as famílias.
Além da Beira Rio, a Clamor do Rio, uma outra ocupação espontânea foi despejada nos mesmos moldes em 27 de abril, também em Boa Vista.
As organizações – hegemonicamente evangélicas – destacam que casos de violência, injustiça e exclusão são comuns no Brasil para migrantes e refugiados que buscam proteção no país.
Com a nota de repúdio, às entidade esperam que o poder público não faça mais despejos realizados com truculência e intimidando os pobres em vista de interesses particulares.