O Movimento Mães de Maio enviou um ofício ao Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo pedindo a responsabilização da Promotora de Justiça Ana Maria Frigério Molinari por alegações contra as ativistas que compõem a entidade.
O documento, assinado junto à Conectas, pede que o Ministério Público tome providências para tirar de circulação um vídeo gravado em 2015 em que a promotora faz acusações, sem provas, às mães de vítimas de crimes do Estado.
O material, utilizado durante julgamento de agentes da segurança pública envolvidos na ‘Chacina de Osasco’, havia sido denunciado pela Ponte Jornalismo em 2016, quando o veículo foi obrigado pela Justiça a tirar a reportagem do ar.
No ofício, as entidades pedem responsabilização da Promotora pelas declarações infundadas, medidas de retratação ao Movimento Mães de Maio e bloqueio do vídeo em que Molinari faz as alegações, bem como do seu uso em ações judiciais.
No vídeo, a Promotora sugere que as Mães de Maio têm envolvimento com o gerenciamento de pontos de tráfico, e alega que as ativistas denunciam policiais “que efetivamente combatem o tráfico de drogas”, insinuando que o Movimento tem ligações criminosas.
À época da declaração, Molinari estava designada para o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A Promotora nunca apresentou qualquer prova que comprove suas acusações.