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14/07/2017

Liberdade para ativistas

Defensores de direitos humanos são presos na Turquia



Dez defensores de direitos humanos foram presos em Istambul na última quarta-feira (5) enquanto participavam de um treinamento sobre privacidade digital. O grupo ficou 24 horas sem acesso a advogados e foi impedido de entrar em contato com parentes. Posteriormente a detenção foi estendida, sem possibilidade de pagamento de fiança.

Dentre os detidos, está a diretora da Anistia Internacional na Turquia, Idil Eser, além de outros sete ativistas turcos e dois instrutores, um sueco e um alemão. Organizações da sociedade civil do mundo todo demandam do governo turco a libertação imediata dos defensores, acusados de “participação de grupo terrorista armado”.

De acordo com o governo, os ativistas seriam ligados ao Movimento Hizmet, liderado pelo clérigo islâmico Fethullah Gülen, a quem o presidente Recep Tayyip Erdogan atribui a tentativa de golpe de Estado de julho de 2016. O golpe fracassado marcou o início de uma escalada de repressão e violações de direitos pelo governo de Erdogan, incluindo a prisão de 50 mil pessoas e suspensão das funções de mais 150 mil funcionários públicos.

De acordo com as entidades que se manifestam contra a repressão do governo turco, a prisão constitui em uma violação dos direitos a liberdade de expressão e associação e contraria os direitos assegurados pela Declaração sobre Defensores de Direitos Humanos da ONU.

A Conectas e outras nove entidades como “Mães da Praça de Maio” e CELS (Centro de Estudos Legais e Sociais) encaminharam uma carta ao governo da Turquia manifestando repúdio à prisão e demandando a soltura dos ativistas.

  • Leia a íntegra da carta aqui.

 

 

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