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27/04/2015

Indonésia: Pelo fim das execuções

Após sinais iminentes, cresce pressão para o fim da pena de morte no país

The organizations are urging Joko Widodo, president of Indonesia, to abolish the death penalty in the country The organizations are urging Joko Widodo, president of Indonesia, to abolish the death penalty in the country

Diante da iminente execução do brasileiro Rodrigo Gulart, 42, juntamente com outros dez condenados de diversas nacionalidades na Indonésia, Conectas e Anistia Internacional pediram clemência ao governo indonésio e a abolição da pena de morte do País.

Em carta encaminhada nesta segunda-feira, 27/4, ao presidente Joko Widodo e ao atual responsável pela embaixada indonésia no Brasil, Mochammad Rizki Safary, as organizações solicitam que a execução não seja aplicada em nenhuma circunstância, independente da natureza do crime cometido e da nacionalidade do condenado.

“Em nome de todos aqueles que acreditam na luta pelo direito à vida, nós respeitosamente pedimos a suspensão da execução iminente, e a concessão de clemência ao Sr. Goulart e outros prisioneiros que estão no corredor da morte de frente para o mesmo destino”, ressalta trecho da carta. “Nós ainda exortamos o estabelecimento de uma moratória sobre todas as execuções com vista a abolir a pena de morte”, concluem as entidades.

Além de repudiarem a prática, as organizações questionaram a eficácia da execução para erradicar crimes de drogas, afirmando que o modelo atual está baseado em práticas ineficientes e altamente repressivas.

Segundo as entidades, além de não ter conseguido impedir o tráfico de entorpecentes, a pena de morte vem contribuindo para o aumento da violência e da marginalização social das comunidades pobres e com a corrupção entre agentes públicos.

Esta não é a primeira vez que organizações internacionais de direitos humanos se mobilizam para pedir o fim das execuções na Indonésia. Em janeiro, após o fuzilamento de outras seis pessoas, entre elas o brasileiro Marcos Archer Cardoso, dez organizações criticaram as autoridades indonésias pela prática e exigiram a proteção do direito à vida segundo os princípios e normas nacionais e internacionais de direitos humanos.

Leia aqui a carta encaminhada ao governo indonésio.

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