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27/05/2020

Grupos do mundo inteiro cobram medidas anticorrupção ao FMI

Em carta, entidades pedem que Fundo fortaleça seus monitoramentos frente a empréstimo emergencial contra coronavírus

Kristalina Georgieva, managing director of the IMF Kristalina Georgieva, managing director of the IMF

Cerca de 100 organizações assinam uma carta para cobrar do FMI (Fundo Monetário Internacional) ações que melhore o controle do financiamento de emergência, relacionado à pandemia da Covid-19. O texto aborda que a monitorização que o FMI tem adotado para os fundos enviados, não é suficiente para fiscalizar governos de todo o mundo.

As entidades consideram na carta que o Fundo precisa tomar medidas mais concretas que possam fortalecer a sociedade civil e os grupos que acompanham e protegem o financiamento.

Na texto, o argumento utilizado pelas organizações é que muitas “trabalham em países onde os gastos do governo são opacos, os auditores não existem ou não são independentes e as autoridades não toleram críticas”.

Durante as Reuniões da Primavera, Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI, garantiu contratos de empréstimo para o combate ao coronavírus. Mas que fossem mantidos os recibos – a fim de garantir  transparência e responsabilidade dos governos. 

No texto, as entidades destacam que o FMI teve criatividade e senso de urgência nas Reuniões. Mas cobra que o Fundo possa manter essa capacidade, suprindo governos com mais recursos técnicos. O que capacitaria, de maneira efetiva, a monitorização dos bilhões de dólares financiados.

As organizações listam medidas que podem ser adotadas pelo FMI. Dentre elas, a proteção da capacidade de operação dos grupos e reconhecimento formal do seus papéis no monitoramento. Além de atitudes como exigir transparência desses empréstimos e fortalecer a capacidade de atuação das entidades.   

Segundo as organizações que assinam a carta, é somente desse modo que haverá uma fiscalização eficaz, para que os fundos do FMI estejam sendo direcionados às pessoas que mais precisam. 

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