Cerca de 100 organizações assinam uma carta para cobrar do FMI (Fundo Monetário Internacional) ações que melhore o controle do financiamento de emergência, relacionado à pandemia da Covid-19. O texto aborda que a monitorização que o FMI tem adotado para os fundos enviados, não é suficiente para fiscalizar governos de todo o mundo.
As entidades consideram na carta que o Fundo precisa tomar medidas mais concretas que possam fortalecer a sociedade civil e os grupos que acompanham e protegem o financiamento.
Na texto, o argumento utilizado pelas organizações é que muitas “trabalham em países onde os gastos do governo são opacos, os auditores não existem ou não são independentes e as autoridades não toleram críticas”.
Durante as Reuniões da Primavera, Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI, garantiu contratos de empréstimo para o combate ao coronavírus. Mas que fossem mantidos os recibos – a fim de garantir transparência e responsabilidade dos governos.
No texto, as entidades destacam que o FMI teve criatividade e senso de urgência nas Reuniões. Mas cobra que o Fundo possa manter essa capacidade, suprindo governos com mais recursos técnicos. O que capacitaria, de maneira efetiva, a monitorização dos bilhões de dólares financiados.
As organizações listam medidas que podem ser adotadas pelo FMI. Dentre elas, a proteção da capacidade de operação dos grupos e reconhecimento formal do seus papéis no monitoramento. Além de atitudes como exigir transparência desses empréstimos e fortalecer a capacidade de atuação das entidades.
Segundo as organizações que assinam a carta, é somente desse modo que haverá uma fiscalização eficaz, para que os fundos do FMI estejam sendo direcionados às pessoas que mais precisam.