Voltar
-
11/05/2021

Forças de segurança reprimem protestos na Colômbia

Cerca de 650 organizações assinam carta solicitando a interrupção do uso excessivo da força como resposta aos protestos no país

Frase no cartaz: “Eu sou o punho que se levanta, eu sou a voz que não cala.” - Imagem: Roberto Parizotti Frase no cartaz: “Eu sou o punho que se levanta, eu sou a voz que não cala.” - Imagem: Roberto Parizotti

Protestos na Colômbia são alvos de repressões e uso excessivo da força por parte das forças de segurança. Em abril, os protestos na Colômbia foram iniciados, devido ao descontentamento da sociedade civil com o contexto político no país, tendo como estopim o descontentamento com uma proposta de reforma tributária. As manifestações estão sendo violentamente reprimidas por agentes de segurança, num contexto de violação sistemática de direitos humanos. 

Cerca de 650 organizações enviaram carta à CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) solicitando visitas à Colômbia e criação de mecanismos para investigação dos crimes que estão acontecendo nesses eventos. 

O documento aponta que as repressões não foram criticadas por declarações oficiais do governo. Em vez disso, o presidente da Colômbia, Iván Duque, autorizou os militares a participarem na segurança dos protestos. De acordo com a nota, isso resultou em “dezenas de mortes, além de detenções arbitrárias, processos, atos de violência sexual, desaparecimentos, centenas de feridos e um número incontável de denúncias de violência policial.” 

Vale ressaltar que o direito ao protesto é fundamental para a defesa dos processos democráticos e dos direitos humanos. A carta das entidades solicita que a Colômbia interrompa o uso de armas das forças de segurança nos protestos e dialogue com os manifestantes.

“Apelamos a todos os atores e à sociedade em geral para que defendam o direito ao protesto, condenem veementemente a violência desproporcional das forças de segurança durante os protestos e reivindiquem as reformas pertinentes, para que a atual repressão não se repita”, encerra o documento.

Leia aqui o documento na íntegra (em inglês). 

Informe-se

Receba por e-mail as atualizações da Conectas