A OECD Watch, juntamente com Conectas Direitos Humanos, FIDH (Federação Internacional de Direitos Humanos) e SOMO (Centro de Pesquisa em Corporações Multinacionais) organizam evento, nesta terça-feira (22), que insta a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) a exigir que o Brasil implemente grandes reformas pela proteção do meio ambiente, de direitos humanos e de direitos trabalhistas como pré-condição para acessão ao grupo.
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Em janeiro de 2022, a OCDE convidou o Brasil e outros cinco países a iniciar as negociações para adesão, a fim de integrarem a organização. Na visão da OECD Watch e de seus parceiros, o Brasil atualmente não está apto para ser membro pleno.
Há mais de um ano, OECD Watch, Conectas, FIDH e SOMO – em conjunto com a sociedade civil brasileira e internacional – realizaram extensas pesquisas expondo as lacunas de governança ambiental, de direitos humanos e direitos trabalhistas no Brasil. Este evento marcará o lançamento de cinco trabalhos de pesquisa sobre lacunas relacionadas a mudanças climáticas e desmatamento, degradação ambiental, ameaças aos direitos dos povos indígenas, ameaças aos defensores ambientais e de direitos humanos e ameaças aos direitos trabalhistas.
O lançamento da pesquisa envolverá a discussão sobre os impactos humanos e planetários dessas lacunas e a necessidade de ação da OCDE para ajudar a eliminá-las.
O evento é aberto a governos integrantes ou não da OCDE, sociedade civil, sindicatos, investidores, empresas e outras partes interessadas.
O evento terá início às 10h e será realizado de forma virtual, para se inscrever basta acessar este link.
O painel de discussão contará com os participantes: Vice Cacique Sucupira Pataxó, representante de comunidade indígena impactada pelo rompimento de barragem de Brumadinho, Jandyra Uehara, Secretária Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da Central Única dos Trabalhadores, Suely Araújo, especialista sênior do Observatório do Clima, Eric Pedersen, investidor da Nordea e Daniela Costa-Bulthuis, investidor da Robeco, além da moderação de Júlia Mello Neiva, coordenadora do programa de Defesa dos Direitos Socioambientais da Conectas.