Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que pretende tramitar em regime de urgência um texto para substituir a LSN (Lei de Segurança Nacional). Criada em 1983, durante a ditadura militar, a LSN apresenta incompatibilidades com a Constituição Federal de 1988, como permitir a criminalização de vozes críticas ao presidente da república.
Chamado de lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, o PL (Projeto de Lei) 6764/2002 preocupa a sociedade civil por abrir brechas para a criminalização da sociedade civil e defende uma discussão ampla do texto. Por esta razão, mais de 65 organizações, dentre elas a Conectas, assinaram uma nota conjunta em que apontam preocupações com o rito da tramitação e alertam para que uma nova lei não incorra em erros de uso de termos imprecisos e tipos penais abertos que podem, no fim, serem usados para perseguir movimentos sociais e acabar atentando contra a própria democracia..
“Por mais importante que seja a aprovação de um novo marco legal que proteja a democracia brasileira, isso não pode ocorrer de forma açodada, sem o adequado debate e reflexão, sob pena de reproduzir ou incluir conceitos e dispositivos incompatíveis com os pilares da Constituição Federal de 1988”, afirma o documento.
Leia aqui a íntegra do documento com as demandas das organizações.