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06/09/2021

Entidades criam comissão para monitorar violações nos atos de 7 de setembro

Preocupação é a proteção aos povos indígenas acampados em Brasília para a mobilização contra o marco temporal

Mulheres indígenas realizam marcha em Brasília entre 7 e 11 de setembro. (foto: Cicero Bezerra / Apib) Mulheres indígenas realizam marcha em Brasília entre 7 e 11 de setembro. (foto: Cicero Bezerra / Apib)

Organizações nacionais e internacionais de direitos humanos se aliaram para a formação de uma Comissão Ad hoc, reunida exclusivamente para esta finalidade, para observação e denúncia de violações de direitos humanos nos atos marcados para o dia 7 de setembro.

A Comissão irá registrar e denunciar aos organismos nacionais e internacionais de direitos humanos eventuais ações ou omissões abusivas praticadas por grupos violentos ou pela Força Pública, bem como violações que decorram dos atos e movimentações convocadas por aliados do presidente Jair Bolsonaro que sejam conflitantes com os princípios democráticos, em especial em Brasília. 

A preocupação central é garantir a segurança e integridade do Acampamento Luta Pela Vida, que congregou já mais de 6 mil indígenas durante o mês de agosto para as mobilizações contra o marco temporal, tese que segue em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. O acampamento também recebe as participantes da II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, que acontece entre os dias 7 e 11 de setembro na Capital.

A Comissão Ad hoc é formada pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), Anistia Internacional Brasil, Conectas Direitos Humanos, Comitê Brasileiros de Defensoras e Defensoras de Direitos Humanos, Terra de Direitos, Justiça Global, Artigo 19, ISA (Instituto Socioambiental), WWF-Brasil, Plataforma DHESCA, Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), entre outros.

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