Completa-se neste dia 25 de abril três meses do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, que atingiu o município de Brumadinho (MG). A região foi tomada pela lama e deixou 270 mortos, identificados até o momento, e 40 pessoas desaparecidas.
Considerado o pior desastre humano brasileiro e um dos piores do mundo nas últimas décadas, o triste episódio guarda semelhanças com a catástrofe do Rio Doce, ocorrido há três anos e que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), impactando direta e indiretamente milhões de pessoas.
O acontecimento despertou as autoridades para o extremo perigo a que milhares de pessoas estão sujeitas devido à proximidade com outras barragens. Atualmente, 32 represas situadas no Estado de Minas Gerais estão com as atividades interditadas e mais de mil pessoas foram evacuadas por conta do risco de novas tragédias.
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito que será responsável por investigar as causas e os culpados pelo rompimento da barragem em Brumadinho foi instaurada nesta quinta-feira (25). Os deputados devem propor mudanças na política de segurança de barragens com o objetivo de aprimorar as regras gerais para construção e desativação de áreas de rejeitos de mineração.
Confira a entrevista com a advogada Julia Cruz, assessora do programa de Desenvolvimento e Direitos Socioambientais da Conectas, sobre a situação das vítimas de Brumadinho atualmente e como a sociedade civil vem atuando para que os direitos dessas pessoas sejam devidamente garantidos.