Em Genebra, Conectas cobra proteção às vítimas
Organização vê relutância da ONU em acolher casos individuais envolvendo grandes corporações privadas
Conectas manifesta seu descontento com a falta de um mecanismo na ONU para receber denúncias individuais sobre violações cometidas por empresas privadas contra os direitos humanos.
A preocupação é motivada pela declaração do Grupo de Trabalho sobre Empresas e Direitos Humanos, criado no âmbito do Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas, que não prevê mecanismos para análises individuais destes casos.
Em sustentação oral na 20ª Sessão do CDH, realizada no dia 21 de junho, em Genebra, na Suíça, Conectas deixou clara sua posição sobre o tema. Em seguida, em carta enviada com a ONG Anistia Internacional, em 13 de julho de 2012, a organização voltou a chamar a atenção para o que considera “uma limitação” do sistema.
Na carta, as organizações também criticam a resistência do Grupo de Trabalho em incluir, durante suas visitas in loco aos países, encontros com vítimas de violações cometidas pelo setor privado. Por enquanto, o GT tem defendido que suas visitas teriam como objetivo identificar boas práticas sobre implementação dos Princípios Orientadores da ONU para Empresas e Direitos Humanos.
