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09/08/2018

Em 2017, o Brasil registrou sete mortes violentas a cada hora

Ao todo, 63.880 pessoas morreram em decorrência de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte; o número é 2,9% maior que o registrado no ano anterior

TAPANÃ - PARÁ 30 04 2018 On Monday 30, the Military Police in the state initiated operation Sáfara 3, to combat criminality in greater Belém. Two areas with a high crime rate, Guamá e Tapanã, were prioritised on the first day of the operation. Police went from the neighbourhood of Guamá into Terra Firme and Jurunas. The areas of Pratinha, Bengui and Parque Verde were approached from Tapanã. The choice of location was based on criminal incidents monitored by Military Police intelligence. In the neighbourhoods of Bengui and Cabanagem alone eleven murders were reported in the month of April. PHOTO: THIAG GOMES / AG. PARÁ TAPANÃ - PARÁ 30 04 2018 On Monday 30, the Military Police in the state initiated operation Sáfara 3, to combat criminality in greater Belém. Two areas with a high crime rate, Guamá e Tapanã, were prioritised on the first day of the operation. Police went from the neighbourhood of Guamá into Terra Firme and Jurunas. The areas of Pratinha, Bengui and Parque Verde were approached from Tapanã. The choice of location was based on criminal incidents monitored by Military Police intelligence. In the neighbourhoods of Bengui and Cabanagem alone eleven murders were reported in the month of April. PHOTO: THIAG GOMES / AG. PARÁ

Em 2017, a cada hora sete pessoas morreram de forma violenta no Brasil. Os dados alarmantes fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta quinta-feira, 8.

De acordo com o relatório, houve um aumento de 20% nas mortes em decorrência de intervenções policiais: 5.144 pessoas, o que equivale a 14 por dia, morreram nessas circunstâncias, quase mil a mais que o registrado em 2017. Policiais civis e militares também fazem parte da estatística: um policial foi assassinado por dia no último ano.

“Os números mostram que a política de segurança pública que tem sido implementada nos últimos 20 anos é totalmente falha. Precisamos reformar nosso modelo, começando pela polícias, que devem ser desmilitarizadas e serem objeto de controle externo. Precisamos também romper com a lógica de que prender mais pessoas resulta no aumento da segurança. Hoje temos a terceira maior população carcerária do mundo e os registros de mortes violentas seguem crescendo a cada ano”, comenta Rafael Custódio, coordenador do programa de Violência Institucional da Conectas.

Para chegar aos números apresentados no relatório, o método utilizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública é contabilizar casos de mortes violentas intencionais, que reúnem os casos de homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, mortes de policiais em confrontos e mortes decorrentes de intervenções policiais. “Vale destacar que quando se fala no registro de estupros e violência doméstica há uma subnotificação endêmica, ou seja, esses dados na verdade são muito maiores pois as vítimas, em sua maioria mulheres, têm medo de denunciar agressores”, acrescenta Rafael.

O Anuário também apresenta dados sobre as 119 mil armas apreendidas e investimentos em segurança pública. Em 2017, o governo investiu 1,3% do PIB, e proporcionalmente gastou cerca de R$ 34 mensais por cidadão. Um outro estudo, no entanto, mostra que as mortes violentas custam aos cofres públicos cerca de 4,3% do PIB e que a morte de um jovem chega a custar R$ 550 mil, que representa a perda de produtividade ao longo da vida.

Veja o resumo dos dados:

 

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